Eu
vi a tag no blog da Gi, o Radioactive Unicorns, mas resolvi dar o meu toque
nela. Originalmente ela é chamada de ‘Já passei dos 18’, mas eu resolvi
transformá-la em Já Passei dos 20 pelo fato de achar que as coisas acontecem
muito mais rápido e mais intensamente depois dos 20 do que depois dos 18.
Consiste basicamente em dizer 20 coisas que aconteceram depois dos 20 anos. Vem
comigo!
1 1) Formei
Acabou
meu mundinho feliz de festas, curtição e sem preocupações. Depois de quatro
anos eu consegui o meu diploma. Sou oficialmente enfermeira. E agora, Renas? Pois é, meu caro leitor, eu
também te pergunto... E agora?
2 2) Responsabilidade x
Insegurança
No
momento que a ficha caiu que eu não iria mais pra faculdade eu me desesperei. “Mãe,
o que eu faço agora?” “Vai trabalhar, menina!!!”. Aí eu percebi que agora era o
momento de colocar a cara a tapa e ir ganhar o mundo. Eu não sou mais criança,
não sou mais estudante, agora eu sou uma profissional no mercado de trabalho
apesar de não me sentir bem como uma. Eu tenho meus objetivos e sonhos e cabe
somente a mim a realiza-los.
3 3) Busca 1º emprego
Do
futuro da humanidade à problema da sociedade. Olha, encontrar o primeiro
emprego não é nada fácil viu. Eu estou nessa luta desde que me formei em
dezembro do ano passado. O mercado de trabalho exige experiência, que eu não
tenho, e ninguém abre a porta pra um recém-formado como eu. Estou levando
muitas portadas na cara e pra falar bem a verdade, me desanimando a cada dia.
Eu sabia que isso ia acontecer, mas quando senti na pele foi um balde de água e
gelo nas minhas expectativas.
4 4) Não consegui sair da casa dos
meus pais
Ah
pois é, não consegui nem um emprego quanto mais sair de casa.
5 5) Mudei meu estilo musical
Comparando
a Renas de antes dos 18 pra Renas depois dos 20 eu percebi que mudei muito a
minha lista e gêneros musicas. Antes eu era só rock, não tinha lugar pra nenhum
outro estilo. Vivia pra cima e pra baixo ouvindo Linkin Park e Evanescence.
Através dos anos eu fui conhecendo gente nova, conhecendo gostos novos e dando
abertura a novas músicas. Hoje sou eclética, ouço de tudo mesmo, mas com
preferência àquelas músicas mais calmas, com letras mais desenvolvidas e que
tenham significado pra mim. Rock paulera ficou pra trás, hoje eu quero só
carinho.
6 6) Mudei meu estilo de vestir
Acho
que isso foi o que mais mudei de uns oito anos pra cá. Como eu disse, eu era
rockeira e pior, era gótica. Sim, eu andava toda de preto, maquiagem preta,
cabelo preto, correntes, crucifixos e pulseiras de spike. Não me olhem assim,
todos nós tivemos nossa fase constrangedora. Essa foi a minha. Depois dessa
fase que, graças a Deus, durou um ano, eu meio que me perdi no estilo. Usava roupas
grandes demais, achava que xadrez combinava com bolinhas, pulseiras de miçangas
e essas coisas. Aí virei o que sou hoje, uma viciada em jeans e all-star, ou
então minissaia e salto 15.
7 7) Alimentação
Percebi
que a minha alimentação influencia muito na minha vida. Eu sempre fui aquela
amiga que come feito um javali e não engorda. Continuo sendo assim. Junkie food
é minha parceira de vida e Coca-cola a minha água. Porém, entretanto, contudo,
depois de ficar muito gripada por várias vezes seguida, resolvi fazer um check-up
e percebi que: meu colesterol está alto e me falta vitaminas. Hoje eu procuro
fazer refeições mais ‘coloridas’, comer mais saladas e frutas. Ainda não
dispenso McDonalds e nem batata-frita, mas estou progredindo.
8 8) Exercício Físico
Outra
coisa que percebi depois dos meus 20 anos é que ser sedentária não leva a nada.
Pelo contrário, só atrapalha. Então, passei a correr na beira-mar mais vezes.
Pretendo entrar na academia, não para musculação porque odeio, mas para dança e
aeróbica.
9 9) Meu quarto, minha vida
Como
eu disse, não tenho minha casa então não posso deixa-la do meu jeitinho. Mas
tenho meu quarto, que é o meu cantinho. Nunca me preocupei muito em arrumá-lo
ou organizá-lo, mas depois que minha mãe disse que eu estou grandinha demais
pra ela fazer esse serviço me dei conta que se eu quero ter uma casa, tenho que
começar administrando meu próprio quarto. Então, procuro sempre mantê-lo
arrumado e organizado, até porque não quero me transformar em uma participante
de Acumuladores.
1 10) Pós-graduação
Comecei
a minha pós-graduação em Urgência e Terapia Intensiva. Foi a área que mais me
identifiquei na faculdade e estou muito feliz por poder me especializar nela.
Sei que possuir uma pós é um diferencial no mercado de trabalho e quem sabe ano
que vem eu consigo um emprego no lugar que gosto?
1 11) Desapeguei de coisas e
pessoas
Eu
era muito apegada nas minhas coisas e principalmente nas pessoas. Se fosse há três
anos atrás, se me dissessem que hoje eu viveria sem algumas delas eu riria
porque pra mim era impossível. Só que eu passei a perceber que tem coisas e
principalmente pessoas que só nos levam pra baixo e que visando meus sonhos eu
devo deixa-las para trás. Elas vem e vão, todos os dias.
1 12) Pintar as unhas
Eu
nunca tive o hábito de fazer as unhas. Eu sei, que vergonha para uma mulher,
mas sempre tive preguiça tanto de ir ao salão como de fazer por conta própria.
Outra coisa que não me motivava era que minhas unhas são muito fracas e quebram
por nada. Depois de tentar várias coisas, encontrei um base fortalecedora que
mudou deixou minha unha muito mais fortes e me motivaram a deixa-las sempre
bonitas. Meu esmalte preferido é o preto e vocês quase sempre vão me ver com
elas pintadas de negro.
1 13) Mudei meu jeito de pensar
Antes
eu achava que minha opinião era lei e que eu era melhor e sabia mais que todo
mundo. Depois de levar tanta porrada na cara, percebi que não é bem assim. Hoje
eu procuro colher argumentos e opiniões antes de construir a minha própria.
Aprendi também que não vale a pena dizer sempre o que se pensa e que ignorar é
a melhor saída para toda e qualquer situação. Hoje não sou tão estourada como
fui, sou muito mais na minha.
1 14) Aprendi a dizer não
Qualquer
favor que me era pedido eu fazia. Me desdobrava em cinquenta pra ajudar ou
fazer o que me foi pedido pelos simples fato de não conseguir negar nada a
ninguém. Passei por cima de mim mesma várias vezes e me machuquei inúmeras
outras. Hoje eu sei dizer não quando tenho que dizer. Dói em mim, mas eu não
sou pau pra toda hora e não devo e nem tenho que estar presente para todos. No
que me for conveniente e no que eu puder ajudar ou fazer, claro que farei sem
nem piscar duas vezes, mas eu tenho que pensar primeiramente em mim antes de
fazer pelos outros, até mesmo porque na maioria das vezes, esses outros não
fariam a metade por mim.
1 15) Invertendo os valores
Antes
meus amigos e minha curtição vinha em primeiro lugar. Deixei minha família e
minha carreira acadêmica de lado buscando os prazeres da vida e indo atrás de
pessoas que considerava amigos. No que isso me levou? Bom, a nada. Hoje eu dou
muito mais valor a minha família que com suas diversas diferenças, sempre
esteve lá por mim e também busco primeiro a minha satisfação pessoal e
profissional. Penso mais em mim, tenho meus sonhos e objetivos e pretendo
alcança-los fazendo o que for possível. Diversão? Já me diverti por 50 anos nos
últimos dois e se me sobrar tempo, sim, vou a um barzinho.
1 16) Perdi o gosto de balada
Quando
eu fiz 18 anos pensei que seria a melhor coisa do universo ir pras baladas,
podem beber com meus amigos, curtir a noite e dançar como se não houvesse
amanhã. E fiz muito isso. Muito mesmo. Mas, não sei na cidade de vocês, mas
aqui em Floripa é sempre tudo a mesma coisa que me cansou. Hoje não aguento
ficar no salto 15 a noite inteira sem reclamar de dor como antes. Não curto as
mesmas músicas que antes. E só de pensar em sair da minha cama, arrumar cabelo,
maquiagem e escolher roupa pra enfrentar a mesma balada, as mesmas pessoas, as
mesmas cantadas e atitudes me dá uma preguiça do cão. Prefiro mil vezes ir pra
casa de um amigo, tomar um vinho jogando cartas, rindo ou até mesmo vendo um
filme.
1 17) Dedicação
Hoje
aprendi que se não for por mim, ninguém vai correr atrás dos meus sonhos.
Sempre fui uma pessoa dedicada, sempre (quando queria) dava o meu máximo pra
conseguir o que queria, só que deixei isso de lado por muito tempo indo atrás
de objetivos mais supérfluos. Hoje eu estudo pra minha pós, estudo pra passar
em concursos, corro atrás do que quero. Me dedico 100% do meu tempo a mim mesma
e mais ninguém.
1 18) O mundo não é cor de rosa
Quando
eu era mais nova eu achava que todos eram meus amigos e podia contar com eles.
Hoje, depois de vários tapas na cara, várias apunhaladas digna de Malhação, me
dei conta que o mundo lá fora não é cor-de-rosa como imaginava, e sim preto e
branco e que eu sou a única capaz de botar cor nele. Vi e vivenciei traições,
vi pessoas querendo se dar bem a custa de outras, vi mentiras, manipulações, fui
traída e sei que isso não foi nem o pontapé inicial. Minha síndrome de Alice
acabou. O mundo é cruel. Ele te joga no alto e te larga sem para-quedas ou cama
elástica embaixo. Eu tenho meus princípios e tenho meus valores e faço deles
meus degraus. Como minha mãe me disse uma vez: “conte seus sonhos para quem
sonha com você”. Minha roda de amigos se reduziu a 10% da roda que matinha
antes. Se eu sinto falta? Das risadas, apenas, mas não da rede de intrigas. Me
cansou.
1 19) Planejando viajar fora
Meu
maior sonho é ir pra fora do país. Principalmente pra Irlanda. Tô correndo
atrás e buscando informações de como exercer minha profissão lá fora e na minha
lista de prioridades, ir pros EUA pra um estágio ou uma especialização é o
topo. Pretendo guardar dinheiro e ir o mais rápido possível. Minha meta no
momento é os Estados Unidos ou Canadá por ter um mercado de trabalho imenso
para Enfermagem. Depois? Depois só Deus pode dizer.
2 20) O mundo é meu
Eu
tenho 23 anos. Já aprendi bastante e sei que tenho ainda o triplo pra aprender.
Mas o momento de errar é agora. É agora que tenho energia para aprender, tenho
vontade de me aventurar e tenho o tempo de errar. Depois já vai ser tarde
demais para realizar meus sonhos. O mundo não espera por mim. Ele acontece
todos os dias independente da minha vontade de estar nele. Vai de mim, e
somente de mim, querer fazer parte. E eu quero. E acreditem, eu vou.
E vocês? Como está a vida agora que já - e se - passaram dos 20? O que aprenderam? O que desejam? Diz aí pra mim!
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