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300 dias sem ele

28 de mai. de 2014


Smartphones. Telefones inteligentes. Hoje em dia eles estão nas mãos de pelo menos 80% da população mundial. É realmente difícil conhecer alguém que não tenha um. Nossas vidas ao invés de deixarem eles entrarem simplesmente estão se moldando à eles. É um mutualismo obrigatório. Eles sem a gente não vivem e, acreditem se quiser, nós sem eles também não. Imagina, meu caro leitor, se de um dia para o outro você fosse privado do seu querido smartphone? Nada de Instagram, ou Snapchat e muito menos Whatsapp. Você sobreviveria? Bom, eu sobrevivi.
Eu fui uma das primeiras da minha galera a ter a vida integrada e dependente de um smartphone. Em fato, fui eu quem apresentou o tal de Whatsapp para minhas amigas, até porque ficar gastando crédito em sms com elas estava me deixando pobre. Antes a gente ligava uma para outras (quando era da mesma operadora por causa de bônus, claro) ou então nos contentávamos com inbox no Facebook e até mesmo MSN. Mas eles estavam aí para facilitar nossas vidas, e de certo modo, foram efetivos.
Meu celular foi roubado em uma festa aberta de aniversário de uma amiga. Eu o tinha comprado com o meu próprio dinheiro e suor. Quando vi minha bolsa vazia dei as mãos a Maysa e vi meu mundo cair, abracei a Roberta Miranda e senti o abismo a um passo dos meus pés. Meus contatos, minhas fotos, meus vídeos. Perdidos. Minha mãe não ia comprar outro pra mim. Disso eu já sabia e ela deixou bem claro quando contei o acontecido. Só me restava... sobreviver.
Os primeiros dias foram angustiantes. Eu esperava sentir a vibração e o toque de nova mensagem do Whatsapp debaixo do meu travesseiro (o som era de uma bolha debaixo d’água que me rendia muitas piadas com amigos e namorado). Mas ele nunca mais veio. Esperei o som de uma nova notificação do Facebook ou e-mail novo. Também nunca mais ouvi. Nunca mais senti o poder de escolher o filtro correto para uma foto no Instagram.
Marcar encontro com amigos ficou mais difícil. Voltar aquele período Mesozoico de ter que ligar ou mandar sms e esperar a outra pessoa atender ou responder para saber onde estava era excruciante. Até mesmo porque hoje em dia ninguém mais usa o celular para isso. Vá em frente e faça o teste. Ligue para seus amigos. Tenho certeza que a primeira pergunta será um “tá, mas porque você tá me ligando? Manda um whats”. E a coisa piorava ainda mais quando seus créditos acabavam. Obrigada mãe por salvar minha vida inúmeras vezes quando me via sozinha na balada e pedia pra você ligar pra alguma das minhas amigas.
E quando finalmente o encontro era marcado, eu me sentia um peixe fora d’água porque todos, TODOS os meus amigos de 5 em 5 minutos desbloqueavam a tela do seu smartphone e ficavam lá viajando nos aplicativos. “Viu a foto que fulano postou? Olha o que ciclano disse pra mim!”. Eu falei sozinha durante horas. De uma hora para outra eu sentia que não fazia mais parte do clube. Fazer check-in? Nem sei mais o gosto disso. Eu não sei qual a sensação de mandar snapchat porque não deu tempo de apreciar o aplicativo. Eu o tinha baixado um dia antes do furto.
E pra piorar ainda mais, perdi a conta de quantos futuros namorados perdi por não ter mais um meio ‘fácil’ de comunicação. “Então gata, me dá seu whats” “Então, eu não tenho”. E nunca mais via o sujeito. O que aconteceu com o “Me add no face” ou “Me dá seu número e eu te ligo”? Acho que as pessoas se acomodaram tanto a Era Digitar que se esqueceram de usar as cordas vocais e simplesmente falar.
Foi difícil? Foi. Muito! Mas hey, eu estou viva! Se eu sinto falta? Demais! Mas eu aprendi que existe um mundo além daquele que vejo na minha tela de 2.3 polegadas. Sabiam que eu nem sabia que haviam construído um prédio novo na minha rua? Ou que plantaram árvores novas na praça do lado do meu condomínio? Eu mal notei que minha melhor amiga pintou o cabelo! Estava tão focada nos pixels, andava tão concentrada de cabeça baixa digitando naquela tela que eu perdi o mundo ao meu redor. Hoje eu olho para os lados. Não ouço o ‘glup’ do meu WhatsApp mas ouço a risada da minha mãe no fim do corredor e vou logo correndo pra ela porque quero rir também. E rio! Muito! Eu tirei meus filtros, deixei que as pessoas supusessem aonde eu estava ao não contar pro mundo inteiro com um check-in, isso tornou a busca por mim mais interessante. Até porque quem quiser mesmo falar comigo ou me ver, vai dar o seu jeito. Isso que eu estou valorizando ultimamente. Estou separando os que realmente me querem em suas vidas dos que não se esforçam para isso. E acreditem quando digo que quanto menos as pessoas sabem da sua vida, melhor.

Meu nome é Renata e eu estou há 300 dias sem um smartphone. E feliz.

As vantagens e desvantagens de morar em Florianópolis

19 de mai. de 2014

Eu moro em Florianópolis vai fazer 9 anos. Não nasci aqui, mas evoluí e me formei mulher aqui. Foi nessa cidade que eu descobri quem eu sou e desenvolvi meu caráter, por isso, tenho um carinho enorme por essa cidade. É e sempre vai ser a minha primeira casa, apesar de amar muito Minas Gerais. Estava conversando com um amigo e ele começou a fazer uma lista de coisas que gosta e não gosta na cidade dele. Fiquei pensando e pensando e resolvi trazer pra vocês 5 vantagens e 5 desvantagens daqui de Floripa, até porque tem muita gente que acha que aqui é o paraíso perfeito.



Vantagens

1) Praias
Não poderia ficar de fora né? Florianópolis, para os que não sabem, é uma cidade-ilha, possuindo pouco menos de 3% de sua região localizada no continente. Logo, possui muitas, mas muitas praias. Foram catalogadas mais de 100 praias na ilha de Florianópolis e uma mais linda que a outra. Muitas dessas são impróprias para o banho, mas o visual compensa. Pra mim não há estação pra ir a praia. Seja verão ou inverno, ir pra beira da praia e ouvir o barulho do mar é sensacional. Para os fãs de bronzeamento, Floripa é a cidade perfeita, principalmente no verão quando a população quadruplica por ser o destino de muitos turistas. Para os que curtem esportes aquáticos, Floripa também é perfeita, desde o surf até mergulho, nossas praias proporcionam a adrenalina na medida certa.

2) Baladas
Floripa é diversificada no quesito balada. E não digo apenas em casas noturnas, mas também barzinhos e outros programas mais lights. Na Lagoa da Conceição temos inúmeros bares e casas com músicas ao vivo para os que gostam de um sábado mais tranquilo, tomando cerveja com amigos e comendo camarão. Aos que gostam de curtição, Floripa oferece as melhores casas noturnas. Se quer curtir um arrocha, vai pra Fields, se gosta de shows nacionais/internacionais, vá ao Devassa, se gosta de eletrônico, vá a Pacha/Terraza ou então P12. São várias, e muitas delas são ecléticas. Por exemplo, nas quintas, é dia de funk, nos sábados é a vez de hip-hop. Isso que eu gosto sabe? Se hoje tô afim de me acabar ao som de Drake e Lil Wayne eu tenho pra onde ir, e se eu me cansar e resolver partir pra um Jorge e Mateus, eu também tenho pra onde ir. Uma outra vantagem de Floripa é a proximidade com outras cidades, como por exemplo Balneário Camboriu, onde temos a melhor casa noturna eletrônica do país, a Green Valley.

3) Clima
Quando é verão, é Floripa 40ºC sem piedade, sem uma nuvem no céu. Quando é inverno, é grau negativo, é vento congelante. Quando é outono, é céu azul durante o dia, ventinho gelado gostoso e noites chuvosas. Quando é primavera, é chuva sempre que tem oportunidade, com aberturas pra um sol quentinho no fim de tarde. Em Floripa você consegue viver, em um ano, na Sibéria e no Caribe, em Londres e na Grécia. É tudo bem definido. É difícil ser pego desprevenido.

4) Qualidade de vida
Florianópolis é uma cidade que não para de crescer. O Índice de Desenvolvimento Humano da cidade é a maior do Brasil. Muitos podem pensar que isso afeta negativamente a qualidade da cidade, e afeta sim, mas parece que Floripa possui alguns escudos. A educação em Florianópolis é de admirável reconhecimento. Possuímos universidades com reconhecimento em mérito no MEC. A educação fundamental também não passa batido. A violência está presente em qualquer capital, mas Florianópolis se destaca por ter um dos menores índices de homicídios do Brasil. Sem contar nas oportunidades de emprego. Floripa também possui um dos menos índices de desemprego do país. Quer viver bem, quer viver tranquilo, quer viver com qualidade? Vem pra Floripa.

5) Pessoas
Os manezinhos são demais! 'Manezinho' é o termo usado para os nativos da ilha de Florianópolis. É um povo hospedeiro e caloroso, fazendo você se sentir bem-vindo sempre e na medida do possível. É uma cidade animada, com pessoas animadas. Não vou dizer que é fácil fazer amigos aqui porque cada um é cada um, mas os florianopolitanos favorecem muito o estabelecimento de laços.


Desvantagens

1) Trânsito
A pior desvantagem de Florianópolis de looooonge!! Como eu disse ali em cima, Floripa tem crescido muito ultimamente e esse crescimento parece não ser programado e organizado. Pra piorar ainda, sendo uma ilha, a cidade não tem mais pra onde crescer e possui apenas UMA entrada e UMA saída, sendo que a maioria dos trabalhadores e estudantes moram na parte continental. Imagina essas pontes no horário de pico, lá pelas 7 da manhã. Ou então as 6 da noite, quando todo mundo só quer chegar em casa. É um caos. As filas e o congestionamento são alarmantes e estressantes. Sem contar no verão, quando a população quadruplica. Pra chegar as praias é preciso sair BEM cedo de casa ou então está fadado a ficar umas boas duas, três horas parados no trânsito. Como disse no twitter, tô achando que vai ser necessário realizar rodízio de placas, como é feito em São Paulo, pelo menos na época de alta temporada porque é insuportável!

2) Péssimo transporte público
Funciona? Funciona. Supre as necessidades? Supre. Mas funciona bem? Nem um pouco. O transporte público em Florianópolis é lamentável. Além de possuir uma das passagens mais caras do Brasil (2,90) o trajeto e dimensionamento de frota são insuficientes. Os estudantes pagam meia, os idosos são isentos, mas a estrutura física não está em nível de uma tarifa tão cara dessas. Sem contar que pra chegar em alguns lugares da ilha é necessário usar 3 ônibus diferentes. O que eu acho absurdo. Os horários também não são os mais legais. Final de semana mesmo já cheguei a ficar mais de 1 hora em ponto de ônibus esperando uma alma viva. Tudo bem que possui sistema integrado, mas este não funciona tão bem. De acordo com o regimento, eu poderia pegar quantos ônibus necessários pagando apenas uma tarifa no meu cartão eletrônico no prazo de 2 horas. Isso não acontece. Sem contar as greves que acontecem todo santo ano, atrapalhando a vida de funcionários e estudantes. Floripa pode crescer, deve crescer, mas organizadamente. E eu só estou falando do transporte interbairros, os intermunicipais nem comento.

3) Alto custo de vida
Floripa é linda, Floripa tem praia, Floripa tem qualidade, Floripa tem seu preço. E não é barato. Eu já morei em várias cidades de diferentes regiões desse nosso Brasil, e posso dizer, com toda a certeza, que Florianópolis é a cidade mais cara que já morei. Imóveis. Vou começar do início. Comprar/Alugar um imóvel aqui é dor de cabeça. Quanto mais próximo do centro e de onde ‘tudo acontece’, mais caro vai pagar. E se acha algo que caiba no seu bolso, a qualidade não é boa. Só nos resta morar longe do pólo de Floripa. Já disse aí em cima sobre o preço do transporte público. Roupas/Sapatos são caríssimos e devo dizer que aqui em Floripa há uma superestimação por marcas. Se você usa roupas de marca você é legal, se não, bom, você é só mais um. Carros. Os carros são absurdamente mais caros que em outras cidades do Brasil e ter carro em Florianópolis é um bem NECESSÁRIO, nem que tenha de vender seu rim. Pra que dois, não é mesmo? As baladas. São caríssimas! Principalmente para os homens, coitados. A consumação dentro delas então, nem se fala! Floripa é uma cidade de ricos feita por ricos. Infelizmente é verdade.

4) Contatos
Se você não tem os contatos certos em Florianópolis, você não chega muito longe. Aqui as pessoas te definem muito pelo o que você veste, pelo o que você aparenta e com quem você se relaciona. Parece fútil, mas só estou dizendo a verdade. E digo mais, ter o contato certo pode facilitar muito a sua vida. Seja o ingresso na faculdade, seja um emprego, seja a entrada free em balada. Em qualquer âmbito da vida pessoal e profissional em Florianópolis sempre há um pulo do gato, basta você conhecer o gato certo. Mas Renas, isso não é ser aproveitador? Uma coisa que aprendi desde que vim morar aqui é que se você não for esperto, meu caro, os outros te pisoteiam.

5) Cidade ‘pequena’
Tem uma frase que toda e qualquer pessoa que mora em Floripa conhece: “Há três pessoas em Florianópolis: eu, você e algum conhecido em comum.”. Isso resume Florianópolis. Sem brincadeira. É uma ervILHA. Você sai pra algum lugar, conhece uma pessoa e descobre que ela conhece todo seu círculo social e se deixar, até o seu papagaio sem que você soubesse. Aquele cara que você trocou telefone ontem é o ex da amiga da sua amiga, aquele que ela sempre falou mal. Você está dando uma volta pela cidade e do nada flagra a namorada do seu amigo com outro em um bar. Você dançou com um cara na balada ontem e hoje chega aos seus ouvidos que você estava com 5 homens aos seus pés. Essa é Florianópolis, uma verdadeira rede de fofocas e intrigas e mentiras. Aqui todo mundo conhece todo mundo e ninguém sabe.


E aí? Vocês já vieram pra cá? Moram aqui? São daqui? Concordam ou discordam comigo? Diz aí!

Top 10: Músicas para se ouvir na fossa

14 de mai. de 2014

Quem nunca? Quem nunca aqui teve um episódio de fossa, seja lá por motivo que for, seja um término de namoro, um chute na bunda, uma briga com o melhor amigo. Independente do motivo, quando a gente está na fossa qual a melhor coisa a se fazer? Comer sorvete? Nada disso, ouvir músicas depressivas pra ultrapassar o fundo do poço. Pelo menos é isso que eu faço. Eu curto minha fossa até o final com trilhas sonoras que infectam meus ossos e me deixam pior do que estava. Eu penso como uma das etapas da fossa: primeiro a gente se deixa cair pra depois se erguer ouvindo, por exemplo, What Doesn’t Kill You  da Kelly Clarkson. Eu selecionei as 10 músicas que me deixam depressiva e são minhas amigas nesse momento tão delicado. Então se você é como eu, se curte sua fossa, prepare os pulsos e venha cortá-los comigo! 

1) Cry – Rihanna
Trecho pra cortar os pulsos: And after all I tried to do, stay away from love with you, I'm broken-hearted, I can't let you knowand I won't let it show 

2) How to safe a life – The Fray

Trecho pra cortar os pulsos: Try to slip past his defense without granting innocence, lay down a list of what is wrong, the things you've told him all along and pray to God he hears you

3) Say Something -  A great big world


Trecho pra cortar os pulsos: And I will swallow my pride, you're the one that I love and I'm saying goodbye

4) Linger – The Cranberries

Trecho pra cortar os pulsos:  You know I'm such a fool for you, you got me wrapped around your finger, do you have to let it linger?


5) Better that we break – Maroon 5

Trecho pra cortar os pulsos: Now waking up is hard to do and sleeping's impossible too, everything's reminding me of you, what can I do?

6) Talking to the moon – Bruno Mars

Trecho pra cortar os pulsos: At night when the stars light up my room I sit by myself, talking to the moon, trying to get to you and hopes you're on the other side talking to me too , oh, am I a fool who sits alone

7) What Can I Say – Carrie Underwood feat Sons of Sylvia

Trecho pra cortar os pulsos: How did it come to this? I think about you all the time, it's no excuse, but I wish that I never made you cry

8) Everything – Lifehouse

Trecho pra cortar os pulsos: And how can I stand here with you and not be moved by you, would you tell me how could it be any better than this

9) Silver – David Cook

Trecho pra cortar os pulsos: But before you up and walk away I'm miserable without you, you know, this silver leaves me longing for gold, second places never carry me home

10) Almost Lover – A Fine Frenzy

Trecho pra cortar os pulsos: So you're gone and I'm haunted and I bet you're just fine, did I make it that easy for you to walk right in and out of my life?

Vivos ainda??

Resenha: The One - Kiera Cass

11 de mai. de 2014


A Seleção mudou a vida de trinta e cinco meninas para sempre. E agora, chegou a hora de uma ser escolhida. America nunca sonhou que iria encontrar-se em qualquer lugar perto da coroa ou do coração do Príncipe Maxon. Mas à medida que a competição se aproxima de seu final e as ameaças de fora das paredes do palácio se tornam mais perigosas, América percebe o quanto ela tem a perder e quanto ela terá que lutar para o futuro que ela quer. Desde a primeira página da seleção, este best-seller #1 do New York Times capturou os corações dos leitores e os levou em uma viagem cativante ... Agora, em A Escolha, Kiera Cass oferece uma conclusão satisfatória e inesquecível, que vai manter os leitores suspirando sobre este eletrizante conto de fadas muito depois da última página é virada.

É isso. Acabou! Chegou o tão esperado fim de uma das trilogias mais amadas dos últimos tempos. Eu não tive oportunidade de falar da série A Seleção da Kiera Cass antes aqui no blog, mas não podia deixar passar batido esse final. Que eu esperei desesperadamente.
Para quem viveu numa bolha nos últimos tempos, A Seleção é uma trilogia distópica vivida é um novo Estados Unidos (eu acredito), agora chamado de Iléa. O regime é monárquico e a sociedade é dividida em castas, cada uma caracterizada por um tipo de produção trabalhista. São oito castas, sendo a primeira reservada para a realeza e a última para os pobres indigentes. É uma sociedade completamente segregada. Nossa protagonista, America, faz parte da casta Cinco, a casta dos artistas e é apaixonada por Aspen, um Seis.
A Seleção é nada mais que um reality show vivido no palácio real onde o atual príncipe escolhe dentre 35 garotas sorteadas de todas as castas para se tornar sua esposa e futura rainha. É uma tradição de Iléa e toda a sociedade anseia pela época da Seleção. A verdadeira metáfora do pão e circo. America foi sorteada no primeiro livro da trilogia e acompanhamos junto a ela toda sua jornada na Seleção.
Eu tenho uma relação de amor e ódio quanto a America. Eu a adorei no primeiro livro. Se mostrou uma protagonista que sabe o que quer, que bate o pé e não volta atrás no que disse. Que tem princípios e os honra. Já a America de A Elite, o segundo livro, foi uma surpresa pra mim. Como eu odiei. Ela foi tão egoísta e tão mimada que tive vontade de dar uns bons tapas na cara dela pra ver se acordava pra vida. E a America de The One foi um misto dessas duas. Ela me irritou muito com toda essa história de dizer-ou-não-dizer que ama o Maxon. Eu sei que foi proposital da autora mostrar essa insegurança da America pra dar um toque de emoção na competição acirrada, mas ela me deu nos nervos.
"Tonight I was taking down a man"
Quanto ao Maxon. Ahhh o Maxon! Como não se apaixonar por ele, gente? Alguém aí me diz? O Maxon é a personificação do lindo e fofo, do inseguro e apaixonado e do homem que está aprendendo a tomar a frente da própria vida. Algumas vezes eu tive vontade de pegar o Maxon pela mão e dizer “Senta aqui, vamos conversar! Você é adulto, é um príncipe então para de se comportar como um ratinho medroso!!”. E digo isso em relação pai-filho do Maxon com o Rei. Em A Elite foi mostrado como essa relação era conturbada e eu entendi esse medo do Maxon em confrontar o pai, mas não posso deixar de dizer que quis arrancar o cabelo várias vezes de tanta raiva.
"I like my imperfect girls"
A Seleção agora está entre quatro garotas e mesmo o Maxon dando a entender inúmeras vezes e de diversas maneiras que a America é sua favorita, ela ainda não consegue aceitar que tem de ser a primeira a dar o primeiro passo. Acho que me irrito tanto com ela por se parecer muito comigo. E quanto ao Aspen? Eu estou revirando os olhos nesse momento. Se tem alguém aí que gostou do Aspen, por favor me diga porque eu não suporto esse cara. Mas eu mordo minha língua porque em The One ele evoluiu muito e foi bastante legal até. Quem leu sabe porque de uma hora pra outra eu nutri certa simpatia pelo rapaz.
“We have to make you the people’s favorite.”
O mistério dos rebeldes foi solucionado e como eu e a maioria dos leitores imaginávamos, o pai da America era um rebelde do bem. Na verdade, eu achei essa parte na história de A Seleção muito forçada pra ser bem sincera. Eu sei que escrever três livros somente sobre uma competição feminina e amorzinhos pode soar um tanto quanto chato e que a autora quis dar aventura com esses rebeldes do bem e do mal, mas a história se desenvolveu muito isolada e muito rápida. Quando descobrimos sobre o pai da America foi questão de segundos e pronto. Acabou.
“What do you want?” He flicked his head toward me. “Pick her.”
E o que foi a Celeste, gente? Eu odiava ela, sem brincadeira, mas nesse último livro ela simplesmente divou e roubou a cena em todas as partes em que foi citada. Celeste, por favor, venha ser minha amiga!

Agora aqui começam os spoilers! Se você não leu The One e não quer saber o que acontece, obrigada pela presença e feche a aba do blog. Se não se importa em saber, vem comigo!
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Eu sabia que a Kiera não poderia terminar essa trilogia sem que a America e o Maxon não terminassem juntos. Ia ter uma revolução da parte dos fãs e eu mesmo ia ficar indignadíssima. Porém. Eu precisava de um porém. E o meu porém era o NÃO do Maxon pra America. Porque Renas? Ora porque! Porque o Maxon não foi nada além de lindo e fofo e romântico e sincero e apaixonante com a America e o que ela foi com ele? Uma egoísta. Ela sempre cobrava dele mas nunca dava nada pro pobre moço. E quando ele se cansava e dava oportunidade pra outra competidora, a America ficava com raiva. Então eu precisava de uma rejeição do Maxon, ele me devia isso. E eu tive. Foi a parte do livro que meu coração mais acelerou. Um minuto antes eu estava toda ‘awwwwnn’ com as declarações mútuas do Maxon e America, e no segundo seguinte o Maxon tá sambando na cara da America. Tudo por um mal entendido com o Aspen. CLARO! Eu devo confessar que adorei o Maxon ignorando a America e deixando claro que ela não servia pra ser sua esposa. Eu adorei. Obrigada Kiera. Obrigada Maxon.
E eu sabia que os dois tinham de fazer as pazes e ter o casamento do século, só não esperava que fosse tão... fácil. Eu queria ver a America correndo atrás do Maxon. Queria que ela sentisse o desprezo dele corroendo suas veias. Queria que ela fizesse alguma loucura pra provar que o ama. Se ela enfrentou o Rei na frente das câmeras, por que não fazer uma estupidez em nome do amor? Ahhhh não, mas é a America né? Ela não dá o primeiro passo. E quem deu esse passo pra reconciliação? O Maxon. Foi a única parte do livro que eu não gostei. Em um segundo ele trata America com se ela fosse um nada e no seguinte ele está lá se declarando, dizendo que a ama e que o coração dele é dela. Claro que teve todo aquele contexto do massacre dos rebeldes e do risco de vida que ambos corriam, mas eu precisava de mais humilhação da America. Ela ficou muito no pedestal pro meu gosto. Depois que os rebeldes foram derrotados – em menos de duas páginas -, os dois se encontram, fazem as pazes, trocam juras de amor e se casam. The End.

Eu chorei. Claro que chorei. Mas faltou uma pitada de acidez no desfecho real. Do mais, eu adorei. E se você sofre de ansiedade como eu, se prepara pra quase ter um ataque cardíaco ao ler. Kiera Cass sabe muito bem como nos deixar a beira do precipício do nervoso.

TAG: Já Passei dos 20

7 de mai. de 2014

Eu vi a tag no blog da Gi, o Radioactive Unicorns, mas resolvi dar o meu toque nela. Originalmente ela é chamada de ‘Já passei dos 18’, mas eu resolvi transformá-la em Já Passei dos 20 pelo fato de achar que as coisas acontecem muito mais rápido e mais intensamente depois dos 20 do que depois dos 18. Consiste basicamente em dizer 20 coisas que aconteceram depois dos 20 anos. Vem comigo!



1    1)      Formei
Acabou meu mundinho feliz de festas, curtição e sem preocupações. Depois de quatro anos eu consegui o meu diploma. Sou oficialmente enfermeira. E agora, Renas? Pois é, meu caro leitor, eu também te pergunto... E agora?



2    2)      Responsabilidade x Insegurança
No momento que a ficha caiu que eu não iria mais pra faculdade eu me desesperei. “Mãe, o que eu faço agora?” “Vai trabalhar, menina!!!”. Aí eu percebi que agora era o momento de colocar a cara a tapa e ir ganhar o mundo. Eu não sou mais criança, não sou mais estudante, agora eu sou uma profissional no mercado de trabalho apesar de não me sentir bem como uma. Eu tenho meus objetivos e sonhos e cabe somente a mim a realiza-los.



3    3)      Busca 1º emprego
Do futuro da humanidade à problema da sociedade. Olha, encontrar o primeiro emprego não é nada fácil viu. Eu estou nessa luta desde que me formei em dezembro do ano passado. O mercado de trabalho exige experiência, que eu não tenho, e ninguém abre a porta pra um recém-formado como eu. Estou levando muitas portadas na cara e pra falar bem a verdade, me desanimando a cada dia. Eu sabia que isso ia acontecer, mas quando senti na pele foi um balde de água e gelo nas minhas expectativas.



4    4)      Não consegui sair da casa dos meus pais
Ah pois é, não consegui nem um emprego quanto mais sair de casa.



5    5)      Mudei meu estilo musical
Comparando a Renas de antes dos 18 pra Renas depois dos 20 eu percebi que mudei muito a minha lista e gêneros musicas. Antes eu era só rock, não tinha lugar pra nenhum outro estilo. Vivia pra cima e pra baixo ouvindo Linkin Park e Evanescence. Através dos anos eu fui conhecendo gente nova, conhecendo gostos novos e dando abertura a novas músicas. Hoje sou eclética, ouço de tudo mesmo, mas com preferência àquelas músicas mais calmas, com letras mais desenvolvidas e que tenham significado pra mim. Rock paulera ficou pra trás, hoje eu quero só carinho.



6    6)      Mudei meu estilo de vestir
Acho que isso foi o que mais mudei de uns oito anos pra cá. Como eu disse, eu era rockeira e pior, era gótica. Sim, eu andava toda de preto, maquiagem preta, cabelo preto, correntes, crucifixos e pulseiras de spike. Não me olhem assim, todos nós tivemos nossa fase constrangedora. Essa foi a minha. Depois dessa fase que, graças a Deus, durou um ano, eu meio que me perdi no estilo. Usava roupas grandes demais, achava que xadrez combinava com bolinhas, pulseiras de miçangas e essas coisas. Aí virei o que sou hoje, uma viciada em jeans e all-star, ou então minissaia e salto 15.



7    7)      Alimentação
Percebi que a minha alimentação influencia muito na minha vida. Eu sempre fui aquela amiga que come feito um javali e não engorda. Continuo sendo assim. Junkie food é minha parceira de vida e Coca-cola a minha água. Porém, entretanto, contudo, depois de ficar muito gripada por várias vezes seguida, resolvi fazer um check-up e percebi que: meu colesterol está alto e me falta vitaminas. Hoje eu procuro fazer refeições mais ‘coloridas’, comer mais saladas e frutas. Ainda não dispenso McDonalds e nem batata-frita, mas estou progredindo.



8    8)      Exercício Físico
Outra coisa que percebi depois dos meus 20 anos é que ser sedentária não leva a nada. Pelo contrário, só atrapalha. Então, passei a correr na beira-mar mais vezes. Pretendo entrar na academia, não para musculação porque odeio, mas para dança e aeróbica.



9    9)      Meu quarto, minha vida
Como eu disse, não tenho minha casa então não posso deixa-la do meu jeitinho. Mas tenho meu quarto, que é o meu cantinho. Nunca me preocupei muito em arrumá-lo ou organizá-lo, mas depois que minha mãe disse que eu estou grandinha demais pra ela fazer esse serviço me dei conta que se eu quero ter uma casa, tenho que começar administrando meu próprio quarto. Então, procuro sempre mantê-lo arrumado e organizado, até porque não quero me transformar em uma participante de Acumuladores.



1    10)  Pós-graduação
Comecei a minha pós-graduação em Urgência e Terapia Intensiva. Foi a área que mais me identifiquei na faculdade e estou muito feliz por poder me especializar nela. Sei que possuir uma pós é um diferencial no mercado de trabalho e quem sabe ano que vem eu consigo um emprego no lugar que gosto?



1    11)  Desapeguei de coisas e pessoas
Eu era muito apegada nas minhas coisas e principalmente nas pessoas. Se fosse há três anos atrás, se me dissessem que hoje eu viveria sem algumas delas eu riria porque pra mim era impossível. Só que eu passei a perceber que tem coisas e principalmente pessoas que só nos levam pra baixo e que visando meus sonhos eu devo deixa-las para trás. Elas vem e vão, todos os dias.



1    12)  Pintar as unhas
Eu nunca tive o hábito de fazer as unhas. Eu sei, que vergonha para uma mulher, mas sempre tive preguiça tanto de ir ao salão como de fazer por conta própria. Outra coisa que não me motivava era que minhas unhas são muito fracas e quebram por nada. Depois de tentar várias coisas, encontrei um base fortalecedora que mudou deixou minha unha muito mais fortes e me motivaram a deixa-las sempre bonitas. Meu esmalte preferido é o preto e vocês quase sempre vão me ver com elas pintadas de negro.



1    13)  Mudei meu jeito de pensar
Antes eu achava que minha opinião era lei e que eu era melhor e sabia mais que todo mundo. Depois de levar tanta porrada na cara, percebi que não é bem assim. Hoje eu procuro colher argumentos e opiniões antes de construir a minha própria. Aprendi também que não vale a pena dizer sempre o que se pensa e que ignorar é a melhor saída para toda e qualquer situação. Hoje não sou tão estourada como fui, sou muito mais na minha.



1    14)  Aprendi a dizer não
Qualquer favor que me era pedido eu fazia. Me desdobrava em cinquenta pra ajudar ou fazer o que me foi pedido pelos simples fato de não conseguir negar nada a ninguém. Passei por cima de mim mesma várias vezes e me machuquei inúmeras outras. Hoje eu sei dizer não quando tenho que dizer. Dói em mim, mas eu não sou pau pra toda hora e não devo e nem tenho que estar presente para todos. No que me for conveniente e no que eu puder ajudar ou fazer, claro que farei sem nem piscar duas vezes, mas eu tenho que pensar primeiramente em mim antes de fazer pelos outros, até mesmo porque na maioria das vezes, esses outros não fariam a metade por mim.



1    15)  Invertendo os valores
Antes meus amigos e minha curtição vinha em primeiro lugar. Deixei minha família e minha carreira acadêmica de lado buscando os prazeres da vida e indo atrás de pessoas que considerava amigos. No que isso me levou? Bom, a nada. Hoje eu dou muito mais valor a minha família que com suas diversas diferenças, sempre esteve lá por mim e também busco primeiro a minha satisfação pessoal e profissional. Penso mais em mim, tenho meus sonhos e objetivos e pretendo alcança-los fazendo o que for possível. Diversão? Já me diverti por 50 anos nos últimos dois e se me sobrar tempo, sim, vou a um barzinho.



1    16)  Perdi o gosto de balada
Quando eu fiz 18 anos pensei que seria a melhor coisa do universo ir pras baladas, podem beber com meus amigos, curtir a noite e dançar como se não houvesse amanhã. E fiz muito isso. Muito mesmo. Mas, não sei na cidade de vocês, mas aqui em Floripa é sempre tudo a mesma coisa que me cansou. Hoje não aguento ficar no salto 15 a noite inteira sem reclamar de dor como antes. Não curto as mesmas músicas que antes. E só de pensar em sair da minha cama, arrumar cabelo, maquiagem e escolher roupa pra enfrentar a mesma balada, as mesmas pessoas, as mesmas cantadas e atitudes me dá uma preguiça do cão. Prefiro mil vezes ir pra casa de um amigo, tomar um vinho jogando cartas, rindo ou até mesmo vendo um filme.



1    17)  Dedicação
Hoje aprendi que se não for por mim, ninguém vai correr atrás dos meus sonhos. Sempre fui uma pessoa dedicada, sempre (quando queria) dava o meu máximo pra conseguir o que queria, só que deixei isso de lado por muito tempo indo atrás de objetivos mais supérfluos. Hoje eu estudo pra minha pós, estudo pra passar em concursos, corro atrás do que quero. Me dedico 100% do meu tempo a mim mesma e mais ninguém.



1    18)  O mundo não é cor de rosa
Quando eu era mais nova eu achava que todos eram meus amigos e podia contar com eles. Hoje, depois de vários tapas na cara, várias apunhaladas digna de Malhação, me dei conta que o mundo lá fora não é cor-de-rosa como imaginava, e sim preto e branco e que eu sou a única capaz de botar cor nele. Vi e vivenciei traições, vi pessoas querendo se dar bem a custa de outras, vi mentiras, manipulações, fui traída e sei que isso não foi nem o pontapé inicial. Minha síndrome de Alice acabou. O mundo é cruel. Ele te joga no alto e te larga sem para-quedas ou cama elástica embaixo. Eu tenho meus princípios e tenho meus valores e faço deles meus degraus. Como minha mãe me disse uma vez: “conte seus sonhos para quem sonha com você”. Minha roda de amigos se reduziu a 10% da roda que matinha antes. Se eu sinto falta? Das risadas, apenas, mas não da rede de intrigas. Me cansou.



1    19)  Planejando viajar fora
Meu maior sonho é ir pra fora do país. Principalmente pra Irlanda. Tô correndo atrás e buscando informações de como exercer minha profissão lá fora e na minha lista de prioridades, ir pros EUA pra um estágio ou uma especialização é o topo. Pretendo guardar dinheiro e ir o mais rápido possível. Minha meta no momento é os Estados Unidos ou Canadá por ter um mercado de trabalho imenso para Enfermagem. Depois? Depois só Deus pode dizer.



2    20)  O mundo é meu
Eu tenho 23 anos. Já aprendi bastante e sei que tenho ainda o triplo pra aprender. Mas o momento de errar é agora. É agora que tenho energia para aprender, tenho vontade de me aventurar e tenho o tempo de errar. Depois já vai ser tarde demais para realizar meus sonhos. O mundo não espera por mim. Ele acontece todos os dias independente da minha vontade de estar nele. Vai de mim, e somente de mim, querer fazer parte. E eu quero. E acreditem, eu vou.


E vocês? Como está a vida agora que já - e se - passaram dos 20? O que aprenderam? O que desejam? Diz aí pra mim!