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A evolução de Maroon 5

2 de jul. de 2014



Maroon 5 é a minha banda favorita de todas. Sou daquelas fanáticas mesmo, tenho CDs, DVDs e sei até o cpf dos integrantes (talvez). Maroon 5 foi uma das primeiras bandas que eu conheci através da internet. Eu tinha por volta de 11 anos, por aí, quando navegando pelas águas sombrias do Kboing e RádioTerra, descobri muito sem querer a música Soap Disco do Kara’s Flowers. A música tinha uma pegada vintage, de um pop dance dos anos 80 e eu curti de primeira e ouvia toda hora. Dois anos depois, o Kara’s Flowers se torna Maroon 5 e o hit This Love começa a bombar no Disk MTV. Foi uma paixão a primeira ouvida. Eu sou ciumenta, confesso, mas quando a coisa é boa por que não compartilhá-la, não é mesmo?

Maroon 5 é conhecida pela a sonoridade aguda do vocalista Adam Levine. É a primeira coisa que chama atenção nas suas músicas. A voz do Adam é ‘fina’ se comparada com outros artistas masculinos, mas isso não deixa as músicas mais feias, pelo contrário, dá um toque singular ao seu trabalho.

O primeiro álbum da banda (como Maroon 5) é chamado de Songs About Jane – o meu favorito – e foi lançado no ano de 2002. Foi a escalada para a fama da banda com seus hits This Love, She Will Be Loved e Sunday Morning. Para os que não sabem, Jane (não com esse nome) é a ex-namorada do Adam e se tornou a musa inspiradora para a construção desse álbum. Se prestarem atenção as letras de todas as músicas há uma referência a uma mulher sedutora, que faz com que os homens caiam aos seus pés e bem sensual. Na realidade, as letras do Maroon 5 trazem uma conotação sexual em alguma frase nas entrelinhas. O som de Songs About Jane é mais suave, é nítida a sonoridade do teclado e do baixo em suas canções. Esse álbum é puramente romântico, para se ouvir debaixo das cobertas em dias chuvosos pensando na pessoa amada. Minha música favorita tanto do álbum quanto da banda é Tangled.



Em 2007, a banda lança seu segundo álbum chamado It Won’t Be Soon Before Long. É muito visível a influência dos anos 80 em suas músicas mais dançantes, assim como era em Kara’s Flowers. Outra diferença marcante na evolução do primeiro álbum para esse é a presença forte das batidas da bateria, o compasso e melodia são marcados pelos tambores e pratos. O teclado vai para terceiro plano. A própria voz do Adam está mais destacada e mais aguda do que nunca. Há músicas lentas e mais suaves? Tem, mas são poucas. It Wont Be Soon Before Long foi feito para colocar os ânimos lá em cima e percebemos isso nas letras das músicas que não se focam mais em uma mulher, mas sim nos sentimentos e fetiches (claro, porque se não houver sensualismo não é Maroon 5) em geral. Minha música favorita do álbum é Makes Me Wonder (e adoro o clipe também). Foi nessa época de divulgação do novo álbum que eles vieram ao Brasil e eu tive o maior prazer de estar lá, em São Paulo. A banda não era um estouro aqui ainda, era apenas conhecida pelos seu one hit wonder She Will Be Loved.



Fotos do Show hihi :)


 



















Em 2010 é lançado o terceiro álbum da banda chamado Hands All Over. Foi aqui que a banda estourou mundialmente e principalmente no Brasil com o hit Moves Like Jagger (o que gerou uma pontada de ciúmes e raiva em mim porque as pessoas sempre diziam que amavam Maroon 5 e só conheciam essa bendita música ¬¬). O álbum é bem eclético, com a pegada pop, dance, rock até um pouco de country. Tem música para todos os gostos. O destaque aqui vai para a guitarra, ela está muito sobressalente nas canções, até mesmo nas mais lentas (que novamente, são poucas). Minha música favorita é Never Gonna Leave This Bed, mas devo dar destaque a letra e composição de How que é lindíssima. Nessa mesma época, Adam se torna jurado do The Voice e faz mais shows no Brasil.



Em 2012 chega as lojas o quarto álbum chamado Overexposed e devo dizer que é o que menos gosto. É muito perceptível como a banda quis ir na onda pop do momento e fazer um álbum muito diferente do que estão acostumados a fazer. A pegada é bem Lady Gaga, eu costumo dizer, tem muito toque eletrônico e dá pra notar isso na voz do Adam. Parece que deixaram as melodias robotizadas. O própria Adam diz que tem uma relação de amor e ódio com ele, só que a minha tende para o ódio. Para terem noção de como eu não gosto, se tocar alguma música desse álbum que não seja single Billboard eu só vou reconhecer pela voz do Adam (que é irreconhecível até mesmo depois de tanto digital) e muito menos vou saber cantar junto. Mesmo assim, a música que mais ouço é Payphone (e até pensei em entrar com ela na minha formatura).



Apesar do meu desapontamento com o último álbum, eu estou ansiosa pelo próximo que deve sair ainda este ano. Espero que eles não percam aquela essência orgânica e melódica de Songs About Jane e deixe de lado um pouco essa pegada pop trance eletro de Overexposed. É o que acontece com muitas bandas, né? Querem seguir o fluxo do mercado e perdem um pouco de como eram. Ainda sim, Maroon 5 continua sendo a minha banda favorita e que admiro e faço de tudo para estar bem pertinho.

Sem dúvidas a banda caiu no gosto popular. Vocês gostam deles? Diz aí!


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