A Seleção mudou a vida de trinta e cinco meninas para sempre. E agora, chegou a hora de uma ser escolhida. America nunca sonhou que iria encontrar-se em qualquer lugar perto da coroa ou do coração do Príncipe Maxon. Mas à medida que a competição se aproxima de seu final e as ameaças de fora das paredes do palácio se tornam mais perigosas, América percebe o quanto ela tem a perder e quanto ela terá que lutar para o futuro que ela quer. Desde a primeira página da seleção, este best-seller #1 do New York Times capturou os corações dos leitores e os levou em uma viagem cativante ... Agora, em A Escolha, Kiera Cass oferece uma conclusão satisfatória e inesquecível, que vai manter os leitores suspirando sobre este eletrizante conto de fadas muito depois da última página é virada.
É isso. Acabou! Chegou o tão esperado fim de uma
das trilogias mais amadas dos últimos tempos. Eu não tive oportunidade de falar
da série A Seleção da Kiera Cass antes aqui no blog, mas não podia deixar passar
batido esse final. Que eu esperei desesperadamente.
Para quem viveu numa bolha nos últimos tempos, A
Seleção é uma trilogia distópica vivida é um novo Estados Unidos (eu acredito),
agora chamado de Iléa. O regime é monárquico e a sociedade é dividida em
castas, cada uma caracterizada por um tipo de produção trabalhista. São oito
castas, sendo a primeira reservada para a realeza e a última para os pobres
indigentes. É uma sociedade completamente segregada. Nossa protagonista,
America, faz parte da casta Cinco, a casta dos artistas e é apaixonada por Aspen,
um Seis.
A Seleção é nada mais que um reality show vivido
no palácio real onde o atual príncipe escolhe dentre 35 garotas sorteadas de
todas as castas para se tornar sua esposa e futura rainha. É uma tradição de
Iléa e toda a sociedade anseia pela época da Seleção. A verdadeira metáfora do
pão e circo. America foi sorteada no primeiro livro da trilogia e acompanhamos
junto a ela toda sua jornada na Seleção.
Eu tenho uma relação de amor e ódio quanto a
America. Eu a adorei no primeiro livro. Se mostrou uma protagonista que sabe o
que quer, que bate o pé e não volta atrás no que disse. Que tem princípios e os
honra. Já a America de A Elite, o segundo livro, foi uma surpresa pra mim. Como
eu odiei. Ela foi tão egoísta e tão mimada que tive vontade de dar uns bons
tapas na cara dela pra ver se acordava pra vida. E a America de The One foi um
misto dessas duas. Ela me irritou muito com toda essa história de
dizer-ou-não-dizer que ama o Maxon. Eu sei que foi proposital da autora mostrar
essa insegurança da America pra dar um toque de emoção na competição acirrada,
mas ela me deu nos nervos.
"Tonight I was taking down a man"
Quanto ao Maxon. Ahhh o Maxon! Como não se
apaixonar por ele, gente? Alguém aí me diz? O Maxon é a personificação do lindo
e fofo, do inseguro e apaixonado e do homem que está aprendendo a tomar a
frente da própria vida. Algumas vezes eu tive vontade de pegar o Maxon pela mão
e dizer “Senta aqui, vamos conversar! Você é adulto, é um príncipe então para de
se comportar como um ratinho medroso!!”. E digo isso em relação pai-filho do
Maxon com o Rei. Em A Elite foi mostrado como essa relação era conturbada e eu
entendi esse medo do Maxon em confrontar o pai, mas não posso deixar de dizer
que quis arrancar o cabelo várias vezes de tanta raiva.
"I like my imperfect girls"
A Seleção agora está entre quatro garotas e mesmo
o Maxon dando a entender inúmeras vezes e de diversas maneiras que a America é
sua favorita, ela ainda não consegue aceitar que tem de ser a primeira a dar o
primeiro passo. Acho que me irrito tanto com ela por se parecer muito comigo. E quanto ao Aspen? Eu
estou revirando os olhos nesse momento. Se tem alguém aí que gostou do Aspen,
por favor me diga porque eu não suporto esse cara. Mas eu mordo minha língua
porque em The One ele evoluiu muito e foi bastante legal até. Quem leu sabe
porque de uma hora pra outra eu nutri certa simpatia pelo rapaz.
“We have to make you the people’s favorite.”
O mistério dos rebeldes foi solucionado e como eu
e a maioria dos leitores imaginávamos, o pai da America era um rebelde do bem.
Na verdade, eu achei essa parte na história de A Seleção muito forçada pra ser
bem sincera. Eu sei que escrever três livros somente sobre uma competição
feminina e amorzinhos pode soar um tanto quanto chato e que a autora quis dar
aventura com esses rebeldes do bem e do mal, mas a história se desenvolveu
muito isolada e muito rápida. Quando descobrimos sobre o pai da America foi
questão de segundos e pronto. Acabou.
“What do you want?” He flicked his head toward me. “Pick her.”
E o que foi a Celeste, gente? Eu odiava ela, sem
brincadeira, mas nesse último livro ela simplesmente divou e roubou a cena em
todas as partes em que foi citada. Celeste, por favor, venha ser minha amiga!
Agora aqui começam os spoilers! Se você não leu
The One e não quer saber o que acontece, obrigada pela presença e feche a aba
do blog. Se não se importa em saber, vem comigo!
Eu sabia que a Kiera não poderia terminar essa
trilogia sem que a America e o Maxon não terminassem juntos. Ia ter uma
revolução da parte dos fãs e eu mesmo ia ficar indignadíssima. Porém. Eu
precisava de um porém. E o meu porém era o NÃO do Maxon pra America. Porque
Renas? Ora porque! Porque o Maxon não foi nada além de lindo e fofo e romântico
e sincero e apaixonante com a America e o que ela foi com ele? Uma egoísta. Ela
sempre cobrava dele mas nunca dava nada pro pobre moço. E quando ele se cansava
e dava oportunidade pra outra competidora, a America ficava com raiva. Então eu
precisava de uma rejeição do Maxon, ele me devia isso. E eu tive. Foi a parte
do livro que meu coração mais acelerou. Um minuto antes eu estava toda ‘awwwwnn’
com as declarações mútuas do Maxon e America, e no segundo seguinte o Maxon tá
sambando na cara da America. Tudo por um mal entendido com o Aspen. CLARO! Eu
devo confessar que adorei o Maxon ignorando a America e deixando claro que ela
não servia pra ser sua esposa. Eu adorei. Obrigada Kiera. Obrigada Maxon.
E eu sabia que os dois tinham de fazer as pazes e
ter o casamento do século, só não esperava que fosse tão... fácil. Eu queria
ver a America correndo atrás do Maxon. Queria que ela sentisse o desprezo dele
corroendo suas veias. Queria que ela fizesse alguma loucura pra provar que o ama. Se ela enfrentou o Rei na frente das câmeras, por que não fazer uma
estupidez em nome do amor? Ahhhh não, mas é a America né? Ela não dá o primeiro
passo. E quem deu esse passo pra reconciliação? O Maxon. Foi a única parte do
livro que eu não gostei. Em um segundo ele trata America com se ela fosse um
nada e no seguinte ele está lá se declarando, dizendo que a ama e que o coração
dele é dela. Claro que teve todo aquele contexto do massacre dos rebeldes e do
risco de vida que ambos corriam, mas eu precisava de mais humilhação da
America. Ela ficou muito no pedestal pro meu gosto. Depois que os rebeldes
foram derrotados – em menos de duas páginas -, os dois se encontram, fazem as
pazes, trocam juras de amor e se casam. The End.
Eu chorei. Claro que chorei. Mas faltou uma
pitada de acidez no desfecho real. Do mais, eu adorei. E se você sofre de ansiedade
como eu, se prepara pra quase ter um ataque cardíaco ao ler. Kiera Cass sabe
muito bem como nos deixar a beira do precipício do nervoso.
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